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Histórias da Bike – Aline Zilli

A história da Aline Zilli é uma daquelas inspiradoras, sabe? Que te dão vontade de pegar a bike e sair por aí na mesma hora. Duvida? Então acompanhe.

A Aline tem 41 anos e, durante um período da vida, sofreu com síndrome do pânico e depressão. Como é de praxe, fez tratamento médico, frequentando psicoterapias e tomando psicotrópicos.

Mas, foi a partir do esporte – por recomendação dos próprios médicos – que ela experimentou uma verdadeira revolução em sua vida. “E eu me apaixonei pelo esporte. Me sentia feliz e livre daquele sentimento ruim que me assombrava”, conta.

Aline começou pelo básico: caminhada. Depois, começou a correr. E aí passou a participar de provas.

“Até que um dia resolvi comprar uma bike. Ah… aí foi amor pra toda vida”, lembra.

O começo de tudo: Aline pedalava sozinha, nem tinha capacete ou acessórios. Mas o amor pela magrela foi instantâneo.

“Pedalava sozinha. Pedais curtos, sem capacete e nenhum acessório. Apenas embarcava na minha bike e ia. Se fazia 5 km já estava ótimo. Aí fui aumentando de 5 em 5. E passei a fazer sempre acima de 50 km por dia. Virou vício”.

Nesse momento, até as medicações ela já tinha deixado para trás. E descobriu mais uma paixão: yoga, que ela concilia com a bike.

Atualmente, já faz dez anos que Aline pedala.

O pedal mudou radicalmente minha vida. Minha saúde física e psíquica. Me sinto livre e feliz. Cadê pedal é uma viagem. E quem não gosta de viajar não é?

Entre as rotas preferidas dela, estão o Castelinho em Matelândia, São Miguel do Iguaçu – incluindo a Serra do Mico e Vila Bananal -, as prainhas de Santa Terezinha de Itaipu e Três Lagoas, o pedal dos três Marcos, pedais rurais, cachoeiras em Foz, Paraguai e Argentina, Hernandarias (PY), Wanda (Argentina)…


O primeiro tombo internacional

E é claro que história de bike sem tombo não é história de bike, né? E, como a Aline não brinca em serviço, tratou logo de comprar um terreno em terras internacionais.

“Por falar em Pedal na Argentina, foi lá que comprei meu primeiro terreno internacional. Me ralei toda: rosto, cotovelos e joelhos. Bati a cabeça e acordei com a galera gritando que iam chamar o SIATE. Ouvindo aquilo, acordei e vi que não tinha quebrado nada e disse que ia continuar o pedal. Fui até a cachoeira e, no dia seguinte, embarquei mancando para a Corrida de São Silvestre. Sim, eu tinha que ir, pois era um sonho, e eu fui com a intenção de apenas assistir, pois não achei que ia conseguir correr. Mas, cheguei lá e consegui correr o percurso todo”.

Por isso, a Aline deixa o seu recado: “Não temos que desistir nunca, de nada, pois somos fortes, e a força vem de onde tem energia positiva, pensamento positivo e fé. Eu agradeço a Deus por me apresentar a minha magrela”.

Além de mudar a própria vida, ela também incentiva outras pessoas a pedalarem. E é claro que dentro de casa não seria diferente. As filhas Alianny (16 anos) e Maria Lucia (8) herdaram da mãe o amor pelo pedal. A pequena, inclusive, já está querendo fazer longão. “Mas eu falo para ela que ainda não”, diverte-se.

Eu não falei que, após ler esta história você ia ter vontade de pedalar? Eu mesma já estou aqui olhando pra minha magrela…

Gostou dessa história? Também tem algum causo legal com sua bike pra contar pra nós? Deixe nos comentários ou escreva para contato@bicicletismo.com.br.

Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

One thought on “Histórias da Bike – Aline Zilli

  • Muito obrigado por compartilhar informações tão úteis. Definitivamente vou compartilhar isso com os outros.

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