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Marco(s) das Três Fronteiras – Brasil, Paraguai e Argentina

Foz do Iguaçu, localizada no extremo Oeste do Paraná, é uma cidade com uma posição geográfica privilegiada: aqui, temos fácil acesso a dois países vizinhos: o Paraguai e a Argentina. E engana-se quem pensa que o único atrativo do Paraguai são as “muambas”, e que na Argentina só se vive de bife de chorizo e buenos vinos. Claro que estes são estímulos inquestionáveis, mas, o que muitos não sabem é que a Tríplice Fronteira guarda vistas e experiências muito diferentes para quem resolve (re)conhecê-la sobre as duas rodas da magrela. É pra isso que criamos este blog!

Neste post, vamos contar detalhadamente sobre os Marcos (ou Hitos) das Três Fronteiras e como visitá-los de bike. Em resumo, os marcos são obeliscos posicionados às margens dos três países, exatamente no ponto onde o Rio Iguaçu deságua no Rio Paraná, formando, portanto, a fronteira tríplice. De um dos marcos, avista-se a imensidão dos rios e, consequentemente, os outros dois marcos (hitos, em espanhol). Mas, cada um deles tem características próprias, não são atrativos padronizados, por assim dizer.

Brasil

Foto: Divulgação Marco das Três Fronteiras

O Marco das Três Fronteiras no lado brasileiro, atualmente, é administrado por uma empresa privada e, portanto, é necessário pagar ingresso para visitar o atrativo. Clique aqui para acessar o site e verificar os preços – lembrando que moradores de Foz não pagam.

No local, há restaurantes, shows temáticos, museu, loja de souvenires e outros atrativos tipicamente turísticos. É um passeio muito interessante, principalmente no horário do pôr-do-sol que, como bem sabemos, aqui na região é de tirar o fôlego.

No verão, você pode se deparar com uma vista destas…

É relativamente fácil chegar até lá de bicicleta, pois a Avenida General Meira, que dá acesso ao atrativo, tem um bom trecho de ciclofaixa, com um terreno praticamente plano, sem grandes subidas, sendo um passeio indicado até mesmo para iniciantes. O único porém é que não é permitido acessar o atrativo com a bike, você terá de deixá-la no bicicletário disponível no estacionamento (lembre-se de levar seu cadeado!).

Se você tiver sorte, quem sabe pode se deparar com a roda gigante itinerante por lá…

Localização

Paraguai

Vista panorâmica, a partir do marco paraguaio. À esquerda, o Brasil. À direita, a Argentina. E a imensidão dos rios Iguaçu e Paraná.

O marco paraguaio é o mais simples dos três. No espaço, há apenas o obelisco, sem outros atrativos para entreter os turistas. Na nossa última visita, pagamos 5 mil guaranis por pessoa (em torno de R$ 4) para entrar. Ah, e fique atento: o trânsito no Paraguai é um pouco caótico, e você vai ter que atravessar um pedaço daquela muvuca de compras ali da Avenida San Blás, então, tenha cuidado!

O monumento paraguaio tem o formato diferente dos outros dois.

De toda maneira, a vista é muito bonita, tanto quanto dos outros dois marcos, e vale a pena fazer um passeio completo pelos três obeliscos – falarei sobre isso daqui a pouco, continue lendo.

A sua bicicleta também adora posar para fotos?

Localização

Argentina

Na minha opinião, o Hito Argentino é o mais bacana de todos. Neste caso, o local é público, não é necessário pagar entrada, e o obelisco fica numa pracinha deliciosa onde há uma feirinha com lojinhas e comidas, e é um espaço muito agradável, bastante apreciado pela comunidade local. O atrativo é muito bem cuidado, com um excelente apelo turístico. 

O obelisco argentino

Além disso, logo depois do Marco, há a Costanera, uma avenida dupla com uma excelente infraestrutura com parquinhos, mirantes, bancos e outros espaços a serem utilizados pela comunidade. Além de a vista ser deliciosa, a descida da Costanera de bike é simplesmente deliciosa. Fica a dica!

Ah lá a bike exibida de novo…

Só mais uma de pôr-do-sol, porque, né…

Localização

Como visitar os três no mesmo dia

Bem, destacados os diferenciais de cada um, vamos ao que interessa: como visitar os três, de bike, no mesmo dia? Partindo do Brasil, tanto faz começar pelo Paraguai ou pela Argentina, dependerá das suas preferências de trajeto. Eu começaria pelo Paraguai, já que, como disse acima, não tem muito o que se fazer lá. Depois, iria para a Argentina, aproveitaria a vista, as empanadas, as medialunas, e só depois voltaria para o Brasil. Mas fica a critério de cada um fazer o oposto, claro.

Se não tiver a foto cláááássica na Ponte, não vale, né?

O trajeto do Brasil para o Paraguai ou para a Argentina é bem óbvio, para ambos os países existem pontes que podemos atravessar. Mas, e a travessia do Paraguai para a Argentina (ou vice-versa)?

Entre Paraguai e Argentina não existe ponte, a ligação entre os dois países se dá por uma balsa, que faz a travessia pelo rio a cada 30 minutos de segunda a sábado. Não encontrei, no site, o valor por pessoa, mas é sempre recomendável que se leve alguma quantia em dinheiro para este tipo de passeio, é claro. Se preferir, já cambie o dinheiro no Brasil e leve pesos e guaranis, para garantir.

A Balsa Iguazú sai de meia em meia hora de Puerto Iguazú para Presidente Franco (e vice-versa)

Veja o trajeto percorrido pela balsa:

Atenção para a imigração!

Não se esqueça de levar seu RG e registrar cada entrada e cada saída de todos os países!

Mas, atenção: Se você for fazer a travessia partindo da Argentina, você precisa avisar, já na Aduana, que sairá do país pela balsa. E leve seu RG (ou passaporte), pois lá a CNH não será aceita. Já se você for pelo Paraguai, embora não seja de praxe a gente fazer a migração na Aduana, também será necessário registrar a entrada no país, para você poder sair pela Balsa.

E se fizer o passeio…

E se você fizer este passeio dos três marcos, não se esqueça de contar pra gente o que achou! Marque o @bicicletismo_br no Instagram, ou a hashtag #bicicletismo. E bora pedalar!

 

Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

3 thoughts on “Marco(s) das Três Fronteiras – Brasil, Paraguai e Argentina

  • Rodrigo Silva

    Show esse blog, a primeira vez que tentei fazer essa volta foi um desastre kkk pois a galera que organizou o passeio esqueceu de avisar o pessoal pra fazer a migração na duana, o povo teve que subir toda aquela subida enorme de volta, foi tenso. Mas pra não perder o passeio eu e mais uns amigos fomos ver a cachoeira em Monday.

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    • Fernando Correia

      hahahahaha normal, nós esquecemos de conferir se a balsa era aberta e tivemos que voltar, mas não fomos a Monday, fomos à Jauense comer uma coxinha hehehe

      Resposta
  • Pingback: Histórias da Bike - Aline Zilli - Bicicletismo

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