Volta ao Parque, rota tradicional e casca grossa!

Uma das mais conhecidas (e temidas) rotas de Foz do Iguaçu, a Volta ao Parque, é feita de uma mistura de trajetos em terra, asfalto, pedra irregular, suor, dor e lágrimas (Ah! Um pouco de cascalho também). A rota é conhecida por sua relativamente curta extensão, mas moderado/avançado grau de dificuldade.

A rota começa na entrada do Parque Nacional do Iguaçu e vai até a BR 277, com aproximadamente 20km de extensão, ou, caso o cliente deseje, pode ser também feita ao contrário, iniciando na rodovia (o que alguns dizem ser mais fácil).

Poucos corajosos gostam de fazer a “ida e volta”, portanto, vão de carro até o Parque Nacional e percorrem o trajeto até a BR-277, dão meia volta e retornam até o Parque. Outros, como eu, preferem ir de casa até lá de bike e fazer o trajeto em apenas um sentido (ou nos dois se você estiver bem monstrão biiiiirl).

Parte da dificuldade são os morros, e em certas épocas do ano, o vento; tudo isso, agravado pela quase total ausência de sombra, pois se trata exclusivamente de estradas rurais; apesar do nome, a rota circunda não o Parque Nacional, mas as propriedades rurais que margeiam a área de proteção ambiental.

Embora o trajeto seja um pouco difícil, é recompensador e empolgante demais, e muitos ciclistas guardam na memória com muito carinho os passeios com vento nos cabelos e terra na cara.

“Foi meu primeiro pedal. É um lugar que remeteu a toda a minha história, meus desafios… Chorei e ri de felicidade e, sempre que posso, faço de novo, porque o sinto o mesmo sempre”. (Eli Terezinha Krauss)

“Volta ao Parque ainda é um rolê que traz recordações da infância de muitos – meu pai, Joca, é um desses. Tem uma história de vida com esse lugar incrível”. (Adriana Espindola)

Posso ter chorado escrevendo esse texto, por motivos que farão vocês chorarem também em outro post que virá em breve.

Fernando Correia

Apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, mas com uma bicicleta no pé e sem muita ideia na cabeça