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Responsabilidade social no pedal

A semana que passou foi marcada por uma iniciativa digna de aplausos. Trata-se do lançamento da bicicleta Essencial, da Caloi, em parceria com a Magazine Luiza.

A venda online está esgotada, mas a bike ainda pode ser achada em lojas físicas, confira aí na sua cidade.

Particularmente falando, sou entusiasta de voluntariado, de ações que melhoram a vida da população, sejam elas realizadas pelo Estado ou pela iniciativa privada, e de bicicletas em estilo retrô (pedalei uma Caloi Konstanz no dia do meu casamento, vestida de noiva). Dessa forma, eu decidi adquirir uma Caloi Essencial.

A paixão pelas bikes retrô

Comprei na primeira hora de vendas e, em menos de 72h, eu já tinha a Essencial em mãos. No mesmo dia montamos ela e foi amor à primeira vista. O som da campainha, aquela cestinha, o quadro rebaixado, e até um retrovisor (que na prática, não serviu para muita coisa, mas tudo bem).

O primeiro pedal foi de reconhecimento. Nos entendemos muito rapidamente e o gostinho de pedalar uma bicicleta urbana foi inexplicável.

Deve ser algo próximo ao que sentem os entusiastas de carros antigos. Que prazer inenarrável tirar o seu possante da garagem para dar uma voltinha nas ruas tranquilas do bairro, admirando a paisagem. Sem pressa. Sentindo o trajeto.

Para além da incrível sensação de estar pedalando em uma posição ergonomicamente confortável, um selim sem molas, mas bastante acolhedor, um quadro rebaixado que me permite subir e descer com facilidade, o que falou mais alto foi o orgulho de pedalar sobre duas rodas que mudam o mundo, tanto pela acessibilidade de compra da bicicleta como pela responsabilidade social
envolvida nesse projeto.

Amor à primeira vista

Uma bicicleta que custa R$ 399, com possibilidade de parcelamento, é uma bicicleta acessível para vários públicos. Para mim, é uma bicicleta que envolve emoção, mas para muitas outras pessoas, será a possibilidade de otimizar o transporte, melhorar a qualidade de vida, de saúde, chegar ao trabalho com mais segurança e tranquilidade.

Ao mesmo tempo, é incrível fazer parte, enquanto consumidora, de um projeto que doará seus lucros, quase R$ 2 milhões, para o Projeto Florescer.

Imaginar que parte do meu investimento será revertido em saneamento básico e melhorias da situação de comunidades carentes, aquece o coração.

Mas deixando a emoção um pouco de lado, posso dizer que a bicicleta Essencial me mostrou o óbvio: é possível unir pedal e responsabilidade social. Nesse sentido, é urgente que a iniciativa privada contribua, seja por ações pontuais ou contínuas, para o bem estar coletivo.

Ao mesmo tempo é inadiável que nós, consumidores, nos atentemos ao nosso papel enquanto cidadãos. Precisamos cuidar uns dos outros, seja durante uma pandemia ou a partir do momento que superarmos esse capítulo. Que nossas escolhas sejam, principalmente, baseadas no bem comum.

Francielli Brandt

Ciclista que ama nadar. Vejo política em absolutamente tudo e me iludo que sei algo sobre o assunto para dar pitaco.

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