Mulheres que pedalam

Mulheres no ciclismo: um desafio

Algum tempo atrás, eu arrumei uma “treta” com uma empresa aqui da região por causa de uma competição de mountain bike na qual a premiação para o primeiro colocado na categoria masculina era de R$ 1.000, enquanto que na categoria feminina era de R$ 500.

Na ocasião, os organizadores me justificaram que, por haver menos mulheres inscritas, eles não podiam pagar a premiação igual para as duas categorias. Não fiquei satisfeita com a resposta e rebati, então, que o justo seria pagar R$ 750 para cada.

No fim das contas, a empresa apagou meus comentários no post ¯\_(ツ)_/¯

Mas, tretas à parte, meu questionamento é: afinal, que incentivo as mulheres teriam para competir, sabendo que estão sendo discriminadas? – sim, premiações distintas para provas e trajeto idênticos nada mais são que discriminação.

Infelizmente, esta não foi uma situação pontual. Premiações menores para mulheres ainda são bastante comuns no ciclismo, mesmo em competições profissionais.

Acredito que, aos poucos, esse cenário pode mudar, mas, para isso, cabe a nós, mulheres, comprarmos esta briga, ocuparmos os espaços, participarmos dos eventos e mostrarmos que, sim, podemos pedalar tanto (e tão bem) quanto os homens.

Este assunto estava me incomodando desde então, e aí, na Shimano Fest, eu tive a oportunidade de perguntar para alguém que teria o cacife para falar sobre o assunto. Para minha sorte, encontrei com a maravilhosa Marcela Lima no estande da Caloi, e bati um papo simplesmente incrível com ela. Fiquei ainda mais encantada não só com a atleta, mas com a pessoa que ela é. E, para que vocês tirem suas próprias conclusões, vou deixar o vídeo. Ouçam quem sabe:

Foto: Facebook da atleta

Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

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