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Brasil: o país do ciclismo

Nem só de futebol vive a terra brasilis. Nos últimos anos, o Brasil vem se destacando também em um mercado que nos interessa muito: o de ciclismo. Mais precisamente, o da indústria de bicicletas. Hoje, o Brasil se encontra na quarta posição entre os principais produtores mundiais de bicicletas. Bruto demais, né?

Expansão

A indústria nacional de bicicletas – centrada no Polo Industrial de Manaus (PIM) – investiu, na última década, um total de R$ 250 milhões, em instalações, inovações tecnológicas e desenvolvimento de produtos mais competitivos. Nos próximos dois anos, serão mais R$ 40 milhões em investimentos. O anúncio foi feito pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) na manhã desta quinta-feira (22), durante a abertura da Shimano Fest 2019.

O aporte será destinado a inovações tecnológicas, capacitação profissional e desenvolvimento de novos produtos de médio e alto valor agregado. Boa notícia para nós, ciclistas, pois, na prática, significa mais bikes no mercado, a preços acessíveis, e com tecnologia de ponta.

A prova de que o investimento vale a pena é que o volume de bicicletas fabricadas no PIM não para de crescer: segundo a Abraciclo, a produção saltou mais de 25% nos últimos oito anos – saindo de 617.858, em 2010, para 773.641, em 2018, correspondendo a um acréscimo de mais de 150 mil unidades.

2019: crescimento

Para este ano, a Abraciclo prevê crescimento acima de 10%, com um volume total a ser produzido de 857 mil bicicletas. Haja perna pra tanta bike!

Com este volume e os investimentos em tecnologia e modernização, Manaus se consolida como o maior polo de produção de bicicletas do Ocidente. No ano passado, o faturamento das fábricas de bicicletas instaladas no PIM alcançou R$ 655 milhões.

Atualmente, o setor gera aproximadamente 1,1 mil empregos diretos e mais de 3,5 mil indiretos. Responsáveis pelo atendimento de mais de 40% do mercado nacional de bicicletas, as fabricantes do PIM têm investido em tecnologias de ponta, com aplicação de materiais nobres e mais leves, como alumínio e fibra de carbono, que garantem mais conforto, segurança e eficiência aos produtos.

Para se ter ideia da modernidade nas linhas de produção, as empresas já estão usando tecnologias como a montagem de rodas de carbono por robôs, a solda de alumínio, o clear coat – sistema que garante adesivagem mais eficiente -, e o tratamento T4, processo que assegura alinhamento perfeito do quadro da bicicleta.

Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo

Na avaliação de Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, “estas melhorias contínuas nos produtos fazem com que naturalmente ocorra uma preferência crescente pelas bicicletas nacionais. Isso pode ser comprovado pelo volume de produção, que avança ano a ano”.

Gazola explica, ainda, que “estas empresas buscam aprimoramento constante para atender ao consumidor cada vez mais exigente, que busca produtos inovadores e de qualidade mundial”. As fabricantes nacionais contam com equipes próprias de Engenharia e Desenvolvimento, que acompanham e estudam as tendências globais. “Além disso, há parcerias com universidades e instituições de pesquisa e inovação”, revela.

Confira a entrevista:

Shimano Fest 2019

A Shimano Fest 2019, o maior evento de bicicletas da América Latina, está em sua décima edição, e este ano pretende atrair 39 mil visitantes até domingo (25).

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Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

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