Diários de bicicleta

Uma paixão chamada bicicleta

Como o próprio texto da minha bio já diz, eu ganhei minha primeira bicicleta aos quatro anos de idade. Na época, era uma Caloi Ceci vermelha, com cestinha e tudo. Coisa mais fofa.

Algum tempo depois – graças à dedicação e paciência do meu pai -, eu consegui começar a pedalar sem as rodinhas.

Eu nunca fui uma esportista profissional, mas tive uma infância e adolescência muito ativas. Andava de bicicleta, patins e patinete, jogava basquete e bets na rua, treinei futsal e natação, e vivia trepada nas árvores, muros e até em cima da casa.

Tudo isso mudou conforme eu fui envelhecendo, assumindo diversos compromissos e responsabilidades e, consequentemente, me tornando uma pessoa sem tempo e sedentária.

Mas, lá pelos idos de 2013, a bicicleta voltou à minha vida. Naquela época, eu tinha uma bicicleta que já estava bem velha, com problemas em todas as peças, mas resolvi fazer uma raevisãozinha nela e partir pra um rolê.

Claro que, na época, foi um desastre, eu estava completamente despreparada fisicamente, a bike também não colaborava, e a aventura não se repetiu por muitas vezes. Voltei à estagnação.

Pratiquei mais algumas atividades físicas esporádicas neste interstício, mas nada se prolongou por muito tempo porque, se tem uma coisa na qual eu sou ótima, é em começar as coisas. Mas sou melhor ainda em desistir.

Trilhas no meio do mato: mais uma paixãoAté que, em 2017, eu decidi que queria voltar a pedalar. Fui à bicicletaria e comprei uma magrela novinha! Voltei pra casa radiante e intimando “os amigo tudo” a ir pedalar.

Minha primeira voltinha de bike não foi exatamente um sucesso, pois eu sofri um assédio (mas voltaremos a este tema em outro momento). Então, eu decidi que só sairia de bicicleta se tivesse companhia. E assim, enchendo o saco de uns amigos aqui, outros amigos ali, encontrando pessoas que também gostavam de pedalar, formamos um grupinho e começamos.

Nós começamos com rolês bem leves, algo na casa dos 20 km. Porque uma das coisas mais difíceis, quando se volta a pedalar depois de muito tempo, é readquirir a confiança. Descobri que a expressão “[tal coisa] é como andar de bicicleta” faz sentido em partes, porque você realmente não desaprende a andar de bicicleta, mas facilmente se torna um medroso. E não é para menos, pois o trânsito nas nossas cidades é realmente caótico e ciclista normalmente não tem vez (voltaremos a este assunto posteriormente também).

Enfim, o ponto é que, do ano passado para cá, apesar de ainda estar em busca de adquirir ritmo, confiança e técnica, a bicicleta voltou à minha vida e, dessa vez, eu espero que seja para ficar.

Neste blog, vamos compartilhar algumas de nossas aventuras e experiências, e esperamos ajudar a todos que também buscam incentivo e informações sobre o mundo da bike.

Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

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