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Produção de bicicletas deve crescer 7,3% em 2020

Que o mercado brasileiro de bicicletas está crescendo, não é novidade. E o balanço do ano de 2019 comprova isso mais uma vez.

As fabricantes de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) fecharam 2019 com 919.924 unidades produzidas, de acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Esse resultado é 18,9% maior que o volume registrado em 2018, que foi de 773.641 unidades.

Para 2020, a Abraciclo prevê um volume ainda maior. As fabricantes do PIM estimam que serão produzidas 987 mil unidades, representando um crescimento de 7,3% frente ao volume de 2019.

Para o vice-presidente do segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, os investimentos em tecnologia e a oferta de produtos de maior valor agregado deverão alavancar ainda mais os negócios com bicicletas.

“Os produtos nacionais contam com o mesmo nível de qualidade das marcas globais, porém a preços mais acessíveis, o que vem atraindo cada vez mais os consumidores. Isso se deve ao contínuo investimento que as fabricantes têm feito em tecnologia e modernização”, explica Gazola.

O executivo acredita também que o aquecimento da economia, causado pela baixa das taxas de juros e a queda da inadimplência dos consumidores, tem estimulado a compra de bicicletas. 

“Além disso, vimos nos últimos anos um forte incentivo ao uso da bicicleta como um meio de locomoção e não somente como lazer. Isso se reflete no aquecimento e populariza o uso da bike”, enfatiza Gazola.

Resultados por categoria

No acumulado de 2019, a categoria de bicicleta mais produzida em 2019 foi a Mountain Bike (MTB) com 436.795 unidades e 47,5% de participação. Na sequência vieram a Urbana/Lazer (337.849 unidades e 36,7%), Infanto-Juvenil (133.220 unidades e 14,5%), Estrada (9.102 unidades e 1%) e Elétrica (2.958 unidades e 0,3%).

Entenda as características básicas das bicicletas de cada categoria:

  • Urbana/Lazer – caracterizada pelas bicicletas projetadas para mobilidade urbana ou recreação fora da terra. Para isso, oferecem maior conforto, com posição de pedalar mais confortável, amortecimento frontal ou não, pneus slick (com banda lisa) e semi-slick (banda com cravos bem baixos ou desenhos), para-lamas ou não e luzes de segurança.
  • Mountain Bike (MTB) – bicicletas destinadas ao público adulto, geralmente com aros de 26 a 29 polegadas, quadros full-suspension e/ou amortecimento frontal. Ideais para o uso em trilhas e terrenos acidentados.
  • Estrada – bicicletas com aro de 700 milímetros, pneus estreitos slick e quadro e garfo sem amortecimento. Destinadas às modalidades de performance no asfalto.
  • Infanto-Juvenil – bicicletas destinadas ao público de oito a 15 anos, nas quais o tamanho do aro varia entre 20, 24 e 26 polegadas.
  • Elétrica – inclui bicicletas com aros de 20 até 29 polegadas, de uso urbano/recreacional e Mountain Bike (MTB), que atendem às determinações da Resolução nº 465/2013 do Conselho Nacional de Trânsito – Contran, a saber: potência máxima de 350 watts, funcionamento do motor somente quando o condutor pedala (tipo Pedelec), não dispõem de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência e têm velocidade máxima de 25 km/h, com corte do funcionamento do motor a partir desta aceleração.

Projeção para 2020

Segundo estudo da Abraciclo, para 2020 a Mountain Bike (MTB) deverá fechar o ano com 456 mil bicicletas produzidas, um crescimento 4,4% frente a 2019. Para a Urbana/Lazer a previsão é aumento de 5,1% com volume de 355 mil unidades fabricadas. 

A Infanto-Juvenil, que ficou na terceira posição do ranking em 2019, deverá fechar 2020 com um volume de produção 15,6% maior, o que representará 154 mil bicicletas.

Para a categoria Estrada a projeção para 2020 é registrar um aumento de 20,9%, volume de 11 mil unidades. E para a Elétrica a entidade prevê um crescimento de 271,9%, também com a fabricação 11 mil unidades.

Resultados por região

A região que recebeu o maior volume de bicicletas produzidas no PIM em 2019, foi a Sudeste, com 521.516 unidades e 56,7% de participação. Em seguida, vieram Sul (167.802 unidades e 18,2%), Nordeste (112.479 unidades e 12,2%), Norte (69.102 unidades e 7,5%) e Centro Oeste (49.025 e 5,3%).

Importação e exportação

De acordo com dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, em 2019 a importação em todo o território nacional somou 74.962 unidades, volume 36,3% inferior ante as 117.668 bicicletas registradas no acumulado de 2018. Isso significa crescimento da indústria nacional em detrimento das importações.

As bicicletas vieram principalmente da China (57.171 unidades e 76,3% de participação). Na sequência do ranking vieram as importadas de Taiwan (10.777 unidades e 14,4%) e de Portugal (2.518 unidades e 3,4%).

Em relação às exportações, os dados do portal Comex Stat também analisados pela Abraciclo, mostraram que em 2019 saíram das fábricas brasileiras 13.438 bicicletas, representando um aumento de 4,3% em relação às 12.880 unidades registradas em 2018. Tem muita bike brasuca rodando mundo afora, hein?

O Paraguai (olha nosso vizinho aí!) foi o principal destino das bicicletas produzidas no Brasil, com 4.017 unidades e 29,9% de participação. A Argentina ficou em segundo lugar (3.868 unidades e 28,8%), seguida pelo Chile (2.679 unidades e 19,9%).

Com informações da Assessoria

Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

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