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Brilha, brilha, bicicletinha

Um equívoco muito comum que diversos ciclistas cometem é o de pedalar na contramão, por acharem que “precisam ver os carros vindo”. Porém, além de ser mais perigoso, vai contra as normas do Código de Trânsito Brasileiro (já falamos deste assunto neste post). O que muitos não sabem é que o mais importante para um ciclista é ser visto.

Para isso, um item de segurança importantíssimo (e muito negligenciado pelos ciclistas em geral) são as luzes de sinalização. Alguns até usam, mas em muitos casos de forma incorreta ou modelos ruins para este propósito, o que acaba colocando sua vida em perigo – e a dos outros que trafegarem por perto.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro:

Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
(…)
VI – para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.

Embora o código não especifique cores e tipos, podemos pegar exemplos em outros veículos e adaptarmos às nossas magrelinhas. Sendo assim, o usual é termos o padrão vermelho atrás e branco na frente, e amarelo nas outras sinalizações.

Inclusive, em teoria, os fabricantes são obrigados a fornecer a bike já com os equipamentos instalados, como cita o CTB:

§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os encarroçadores de veículos e os revendedores devem comercializar os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos neste artigo, e com os demais estabelecidos pelo CONTRAN.

Modelo básico mas que cumpre muito bem a função

Agora começa a parte complicada: como usar as sinalizações sem atrapalhar os amiguinhos?

Começando por respeitar o padrão das cores. Isso ajuda a saber, por exemplo, se um ciclista está indo ou vindo, o que é bom tanto para motoristas quanto para os outros ciclistas e pedestres.

Dentre os tipos de sinalização, prefira as que acendem, pois, diferentemente das faixas e placas refletivas, não necessitam de iluminação externa, e podem ser enxergadas de uma distância muito maior.

Um problema comum é a instalação das luzes. Muitas pessoas as deixam em um ângulo reto, quando o ideal é apontar a luz dianteira para o chão alguns metros à frente da bike (principalmente no caso de faróis). Caso a lanterna esteja muito alta, pode ofuscar a visão de quem trafega na direção contrária. Já a traseira deve ficar um pouco inclinada também, mas pode ter um ângulo mais reto que a da frente.

Alguns modelos já podem ser carregados por USB e têm boa durabilidade da bateria. Existem de todos os modelos e preços.

Quanto às sinalizações laterais e nos pedais, os modelos refletivos são bem baratos e podem ser encontrados com facilidade nas bicicletarias e bike shops em todo Brasil.

Então, corra lá, deixe a magrela bonitinha e iluminada, melhore a segurança para você e para os outros condutores e volte inteiro pra casa.

Você tem alguma dica de iluminação da bike? Deixe aí pra gente e bora pedalar.

Fernando Correia

Apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, mas com uma bicicleta no pé e sem muita ideia na cabeça

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