Nutrição

Já que não dá pra pedalar…

A quarentena não perdoa ninguém. Seja patrão ou empregado, todos estamos em casa e, para não enlouquecer e manter a boa forma (não tão boa assim), decidi me preocupar um pouco mais com o que eu como.

O primeiro passo foi ir ao mercado e comprar mantimentos para vários dias. Primeiramente, busquei muitas frutas, verduras, legumes e essas coisas que eu antes não tinha muito tempo para lavar.

Mas, o que fazer com tanta coisa? Minha primeira aventura foi uma caponata.

Para quem não sabe, caponata é um nome chique para: corte cebola, berinjela, tomate, pimentão, abobrinha e jogue no forno médio com azeite, sal e pimenta por uma ou duas horas, mexendo a cada meia hora. Mais simples, impossível.

Foto da internet, não sobrou muito da minha 🙂 essa tem até azeitona, vou copiar.

Depois que terminei esse prato simples, mas com nome refinado, peguei um belo pedaço de pão de forma e coloquei na frigideira para dar uma tostadinha com manteiga. Enquanto tostava, resolvi dar uma olhada nos ingredientes.

Farinha de trigo fortificada com ferro e ácido fólico, açúcar, gordura vegetal, sal, fosfatos monocálcio e tricálcico, vitaminas PP, B6, B1 e B12, emulsificantes estearoil-2-lactil, lactato de sódio, polisorbato 80 e monoglicerídeos de ácido graxos, conservador propionato de cálcio.

Eu lembro de ajudar minha mãe a fazer pães, mas não me lembrava dela me pedindo: “Fernandooooooo, larga essa bicicleta e vai no mercado pra mim, traz 300 gramas de emulsificantes estearoil-2-lactil e uns dois potes de propionato de cálcio”.

Depois de muito refletir e me inspirar (beber umas duas cervejas), resolvi correr pra internet e aprender a fazer pães, pois, de nada adiantava comer verduras misturadas com esses trecos químicos que eu nem sei pronunciar direito. E, para minha total surpresa, logo no primeiro deu tudo certo!

Depois continuei a experimentar e melhorar um pouco mais a receita e a manufatura, e o resultado ficou bem melhor (ignorem a tentativa de pão francês).

E a casquinha crocante? Dá pra sentir o cheiro aí?

Nessa quarentena, arrumei uma nova terapia misturada com exercício: amassar pão cansa, viu? E, além de dar mais valor para o que eu como, tenho conseguido me manter são – e, de quebra, agradar a esposa com uma refeição gostosa.

A experiência tem sido gratificante e deliciosa e me fez dar mais valor para a comida que como. Agora, olho para todos os trabalhadores do ramo e entendo como algo carregado de amor faz diferença na nossa pancinha.

E as novas experiências? Bom, estou cultivando meu próprio fermento natural e buscando trazer cada vez mais coisas naturais para a geladeira, pois, nesses tempos de incerteza, ter saúde é o que nos vai fazer ter força para encarar o futuro.

Então, aproveite, fique em casa, coma bem e tente não pirar. Daqui a pouco, estaremos pedalando novamente pela cidade e encontrando os amigos para uma cervejinha. Mas, até lá, vamos nos cuidar e cuidar dos amigos e da família.

No início da quarentena
Atualmente na quarentena: pão de queijo com frango e requeijão. Só falta aprender a fazer o requeijão 🙂

Receitas

Pão mais fácil do mundo: https://youtu.be/_UIjznz7Xzg

Caponata de berinjela: https://www.tudogostoso.com.br/receita/96318-caponata-de-berinjela.html

Pão de queijo mineiro: https://www.youtube.com/watch?v=CBX334s8MfY

E você, tem alguma receitinha aí pra compartilhar? Manda pra gente

Fernando Correia

Apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, mas com uma bicicleta no pé e sem muita ideia na cabeça

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