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Tem muita bike vindo por aí

O post de hoje é o que a gente chama de boa notícia! Segundo a Abraciclo, o mês de julho foi de alta para a fabricação de bicicletas no Brasil: foram 85.131 magrelas produzidas no Polo Industrial de Manaus – PIM, uma alta de 26,9% em relação ao mesmo mês de 2018 – que teve 67.068 unidades produzidas e 45,6% em relação a junho (58.467). Porém, o recorde continua sendo de 87.025 em 2013.

O período de janeiro a julho também foi de alta em relação a 2018: no total, 476.319 foram fabricadas este ano, e 399.086 no ano passado – perfazendo 19.4% de aumento na produção.

O aumento da produção de bicicletas está relacionado a dois fatores: preparação das fábricas para datas sazonais, como o Dia das Crianças, e os lançamentos previstos para o segundo semestre, que vão manter o setor aquecido nos próximos meses.

Cyro Gazola, vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo
Fábrica da Caloi / Cannondale

Produção por categoria

E parece que está havendo um crescimento na busca por meios de transporte para o dia a dia, pois as bikes urbanas responderam por um aumento de 65,9% em unidades produzidas em comparação a julho de 2018, enquanto as MTB cresceram 25,1%.

20182019
Urbana/Recreacional21.11435.038
Mountain Bike (MTB) 26.09232.629
Infanto-Juvenil19.42916.168
Elétrica50366
Estrada 433793

Os volumes de bicicletas produzidas no PIM no primeiro semestre deste ano foram distribuídos para comercialização nas cinco regiões do País na seguinte proporção: Sudeste ficou com 57,7% do total; Sul com 15,2%; Nordeste com 11,1%; Norte com 10,1%; e Centro-Oeste com 5,9%.

Importação e exportação

Um dado interessante é a queda no volume de importações: foram 48,2% a menos que em 2018 nos sete primeiros meses. Muitos fatores podem contribuir para isso, mas nota-se a constante evolução dos fabricantes brazucas. Estas já não devem nada às marcas importadas. Ponto para o Brasil-sil-sil!

Fábrica da Caloi / Cannondale

A China ainda lidera, enviando 23.215 bikes (75,1%); Taiwan vem logo atrás, com 4.336 unidades e 14% de participação e Portugal, com 1.886 unidades (6,1%).

Nos primeiros sete meses do ano, o Brasil exportou 10.083 unidades, alta de 71,8% com relação a 2018 (5.869). Os hermanos Argentinos foram os que mais compraram, 3.778 unidades (37,5%), seguidos pelo Chile, 2.679 unidades (26,6%) e Paraguai, 1.877 unidades (18,6%).

O que achamos de tantos números?

Um cenário assim nos deixa cada vez mais felizes, pois vemos a cada dia mais brasileiros não somente querenedo pedalar, mas buscando bikes fabricadas por aqui.

Isso nos motiva também a correr atrás das autoridades: se o pelotão está crescendo, precisamos de infraestrutura e incentivo. Impostos menores poderiam alavancar ainda mais essa indústria, e saber que estamos pedalando em vias seguras nos fará pedalar mais.

Portanto, continuem incentivando os amigos a pegar a magrela, prometam que é a última subida, que na próxima vez vai ser mais fácil, o importante é empurrar, mas não fingir.

Qual bike você usa? Conte aí pra gente.


Fernando Correia

Apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, mas com uma bicicleta no pé e sem muita ideia na cabeça

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