Segurança

Proteja-se de si mesmo e dos outros

Você passou meses analisando a melhor bike para seu uso, pesquisou em todos os blogs e sites que encontrou pela frente, negociou preço, leu reviews e, quando você pensa que já comprou de tudo, o vendedor pergunta: e o capacete?

Aí, você, que já gastou um monte, responde: “o mais baratinho que tiver, qualquer um serve”. Certo?

Errado!

O capacete é um dos itens de segurança mais importantes ao pedalar – isso se não for O mais importante, afinal, o resto do corpo fica completamente desprotegido.

Paradoxalmente, a legislação brasileira não obriga, porém, o uso do capacete para ciclistas (até o espelhinho retrovisor é obrigatório). E isso pode até soar estranho, mas é verdade: leia o texto sobre as regras de trânsito para ciclistas.

Não é obrigatório, mas é indispensável, entende?

Se você perguntar em seu grupo de bike, muita gente dirá que acha que deveria ser obrigatório, muita gente dirá que não. No entanto, em muitos eventos e passeios ciclísticos o uso é obrigatório – afinal, ninguém quer bater a cabeça em uma pedra e estragar o passeio da galera, né? (veja nossa opinião sobre o capacete).

Relato do Felix, sem o capacete as coisas podiam ter piorado bastante

Beleza, já concluímos que: sim, por favor, use o capacete. Mas, afinal, quais os tipos são os mais indicados para pedalar por aí?

Existem três tipos mais comuns de capacete: o aberto (mais comum), o semifechado (coquinho ou urbano) e o fechado (full face). Não existem restrições quanto ao uso de qualquer um em qualquer cenário. No entanto, o conforto e o uso de cada um é diferente.

Capacetes abertos

Podemos subdividir os abertos entre para estrada (road ou speed) e para mountain bike (off road).

O capacete para estrada privilegia a ventilação e a aerodinâmica, uma vez que velocidade e desempenho são o foco principal para os estradeiros. Estes costumam também ser mais leves e não possuir a aba para proteção do sol.

Capacete para speed

Os capacetes para off road tendem a ser parecidos com os capacetes de estrada, com algumas adições, como a aba para proteção dos sol, e são menos preocupados com a aerodinâmica e mais com o conforto e proteção, pois muitos dos golpes em uma trilha podem vir de cima, em forma de galhos, cipós e outros ciclistas voando em alguma rampa.

Capacete para o melhor tipo de ciclismo hehehe

Capacetes semifechados e fechados

Os capacetes semifechados são mais utilizados para o trasporte urbano, são mais preocupados em proteção do que em performance, o que é notável pela quantidade reduzida de entradas de ar.

Capacete urbano

Já os modelos fechados (full face) são um exemplo de capacete para quem é casca grossa. São mais utilizados pelos esportes mais radicais do mountain bike, como o dirt jump, downhill e enduro.

Esse modelo é focado em proteção e geralmente acompanha uma armadura completa de proteção com coletes, joelheiras, cotoveleiras, caneleiras e tudo o mais que o ciclista puder encontrar para se cobrir, pois nas modalidades em que é usado são somadas alta velocidade e terreno irregular. Qualquer queda pode ser fatal ou no mínimo quebrar alguns ossos.

Proteção de todos os lados

Quanto custa?

Em média, os capacetes abertos e semifechados de entrada custam entre R$ 150 a R$ 200. Já os fechados iniciam em média em R$ 500. Apenas tome cuidado com falsificações, uma vez que eles tendem a não ter uma tecnologia adequada e podem mais atrapalhar que ajudar.

Vídeo do Café na Trilha sobre capacetes

Qual tamanho comprar?

A forma mais simples de medir a circunferência de sua cabeça é com um barbante ou fita métrica. Posicione a fita a aproximadamente 1,5 cm (dois dedos) acima da orelha e circunde passando rente à sua sobrancelha. A medida final dirá o quanto mede sua cabeça. Depois é só comparar com as medidas dos capacetes.

Mas, fique atento: algumas marcas usam as medidas em polegadas, outras em centímetros e outras apenas o bom e velho P, M e G.

E você, tem mais alguma consideração sobre a proteção? Conte aí pra gente.

Fernando Correia

Apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, mas com uma bicicleta no pé e sem muita ideia na cabeça

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