Geral

Aiaiaiaiaiaiai…

… era tudo o que eu conseguia dizer após um tombo digno de Videocassetadas na semana passada (ainda bem que ninguém filmou). Mas tá tudo bem agora, gente! Já estou conseguindo digitar esse texto (no celular, com uma mão só) e falar um pouco sobre o acidente e por que e como ocorreu.

Dizem que quem nunca caiu é porque não pedala de verdade, né? Então, já estou apta a integrar o hall dos ciclistas verdadeiros agora.

Ironicamente, caí justamente um dia depois de ter ido à Rádio Clube FM falar sobre a falta de ciclovias em Foz do Iguaçu.

Dias de luta, dias de glória

No domingo, estávamos pedalando pela região do Jardim Universitário, em direção a uma ciclovia que ainda não apareceu na série de reportagens. Porém, não deu tempo de chegar lá. No meio do caminho, tinha um buraco. Tinha um buraco no meio do caminho.

Muito cuidado com calçamentos quebrados.

Uma pausa para contexto aqui: a Avenida Tarquínio Joslin dos Santos, onde ficam a UNILA e a Unioeste, é uma pista simples, bem estreita, com espaço apenas para um carro em cada direção. Com receio do trânsito, que é bem intenso e em alta velocidade por ali, resolvemos ir por aquele calçamento que existe ao lado. Não é uma ciclovia, mas muitos ciclistas utilizam a pista pelo mesmo medo que nós tivemos de ir pelo asfalto.

Um pouco antes…

Vale lembrar que o trecho é rota diária de muitos estudantes que se deslocam até as universidades a pé ou de bicicleta. E o concreto quebrado não é o único risco presente no local, onde também ocorrem diversos assaltos. Mas isso é assunto para outro post. Vamos voltar à minha “aquisição de terreno”.

Nem tudo são flores e fotos bonitas na vida do ciclista.

Eu não sei contar em detalhes como ocorreu, porque eu realmente não vi nada – só me percebi voando da bike e pensando, numa fração de segundo: “f****”. O calçamento quebrado foi encoberto por grama, e eu nem tive tempo de ter algum reflexo para desviar. Sei que foi bike para um lado, eu pro outro (e barranco abaixo) e a próxima coisa que me lembro é de estar sentada na calçada com meus amigos me socorrendo.

Na ocasião, um rapaz que passava por ali também parou para ajudar e acionou o SIATE, que prontamente me atendeu. Apesar de eu não estar em risco, minha pressão baixou bastante e eu ameaçava desmaiar. No fim, só fraturei um dedo, e ainda estou convalescendo dos esfolados e hematomas. Mas, no saldo geral, estou bem.

O fato é que shit happens acidentes acontecem, por mais cuidado que a gente tenha. Por sorte, apesar de ter sido uma queda violenta, as lesões foram relativamente poucas, graças (acredito) ao matinho do barranco que amorteceu um pouco. E tive muita sorte também por não ter batido a cabeça (usem capacete!).

Tá tudo bem com a bike, gente.

Mas, algumas coisas ficam de lição. Uma delas é: evite pedalar sozinho. Mas tem gente que prefere, então pode, claro. Mas SEMPRE, sempre mesmo!, avise alguém onde você está. A ferramenta de localização em tempo real do WhatsApp, por exemplo, ou o Beacon na versão paga do Strava podem ajudar seus amigos e familiares a saberem se está tudo bem com você. Ah, celular com bateria cheia é imprescindível né.

Também pode ser redundante mas nunca é demais: jamais saia sem documentos. Um cartãozinho com seus dados como tipo sanguíneo e contatos de emergência também é uma ótima ideia.

Por fim, mas não menos importante: mantenha seus equipamentos de segurança em dia, redobre o cuidado consigo mesmo e com os outros (o excesso de autoconfiança pode ser um problema) e, caso você acabe um pouco esgualepado como eu, mantenha sua assinatura do Netflix sempre em dia caso precise ficar uns dias de molho.

No mais: bora pedalar!

Era pra ser um joinha, mas saiu um hang loose.

E você, tem alguma história de tombo para contar? Compartilha aí!

Utilidade pública:

Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

2 comentários sobre “Aiaiaiaiaiaiai…

  • Hey Maya espero que esteja melhor! Já tomei um belo tombo na chuva próximo a trincheira da ponte da amizade em pleno horário de rush (não é uma sensação legal cair ao meio de carros a mais de 80km/h), e digo que quase caí no mesmo lugar que você acaba de relatar na matéria! Mais um motivo para eu andar na rua mesmo

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    • Obrigada! Pois é, não é nada agradável mesmo. Temos que ter cuidado redobrado, né? Mas logo logo estamos na ativa novamente!

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