Cicloturismo – São Miguel do Iguaçu
Ontem rolou, em São Miguel do Iguaçu (PR), a última etapa do “Circuito Regional de Cicloturismo Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu” de 2018. A atividade é promovida mensalmente pela Adetur em parceria com os grupos de pedal da região, e a etapa de SMI foi organizada pelo grupo Canelas Bike.
A largada foi dada no CTG Querência Amada, um local muito bonito, bem próximo à entrada de São Miguel do Iguaçu. Cerca de 600 ciclistas compareceram, muitos deles com seus grupos organizados e uniformizados. Particularmente, eu acho uma atividade muito bacana, que permite a integração com a natureza e com outros ciclistas de diversas cidades do Paraná (e até do Mato Grosso do Sul).
Como é de praxe aqui no Bicicletismo, sempre que a gente participa desses eventos, fazemos um review, então, vamos falar dos pontos positivos e dos pontos negativos desse rolê.
Pontos positivos
A organização do evento estava impecável. Logo no café da manhã, observamos que estava tudo muito organizado, havia muita fartura de bolos e pães, café, suco, frutas, enfim, tudo o que é necessário para dar aquela energia para o pedal.
A equipe toda era muito atenciosa, e foi dada uma atenção redobrada à localização dos pontos de hidratação. Como o calor estava muito forte, esses pontos são essenciais no trajeto (o que, na etapa de Santa Terezinha de Itaipu, por exemplo, foi um pouco falho). Também havia muitos veículos de resgate/apoio no caminho, para garantir que ninguém ficasse sem assistência em caso de necessidade.
Após o pedal, os ciclistas foram recebidos com um delicioso almoço e o sorteio de brindes e prêmios, como também já é tradicional. Meus sinceros parabéns a toda a equipe que organizou, pois a comida estava deliciosa, as bebidas estavam geladinhas, foi tudo muito caprichado, não temos do que reclamar nesse quesito.
Pontos negativos
Apesar de todo o esforço da equipe organizadora, nós bem sabemos que algumas coisas fogem ao nosso controle, é claro. E o clima é uma dessas coisas que não se pode interferir. E neste domingo estava muito, mas MUITO calor, o que dificultou bastante o passeio.
Como o trajeto é praticamente todo em meio a propriedades rurais – na maioria, de cultivo de soja -, o percurso era bastante árido, principalmente porque era todo em estrada de terra; não havia sombras ou trechos mais frescos, com a exceção de uma pequena trilha que foi colocada como opção num dado momento.
Como mencionei lá em cima, a equipe tentou ao máximo compensar essa questão com a inserção de vários pontos de hidratação, para que ninguém corresse o risco de ficar sem água no caminho. Mesmo assim, várias pessoas passaram mal com o calor excessivo (eu, inclusive), o que infelizmente acontece mesmo com quem é mais sensível às altas temperaturas. Mas, a atuação do resgate foi bastante eficiente, todos muito atenciosos, como já pontuei também.
Normalmente, a largada é dada às 8h30 (com café da manhã já a partir das 6h30). Eu até acharia mais interessante que, no alto do verão, começasse mais cedo, tipo às 7h30, pois as temperaturas ainda estão mais amenas e conseguiríamos completar o percurso antes do “sol de rachar”.
Ao final, houve um pequeno contratempo em relação aos banheiros, pois, segundo informações obtidas com a equipe no local, a caixa d’água não comportou o quantitativo de pessoas que estavam presentes, e então faltou água nas torneiras e para descarga nos sanitários. Essa parte foi bem sofrida pois, ao chegarmos cobertas de terra e precisando usar os banheiros (tanto para usar os sanitários quanto para tentar nos limpar), não foi possível, e foi bastante desagradável. Soube que havia um caminhão-pipa disponível para tomar uma esguichada e tirar o poeirão, mas eu não o avistei e, então, não consegui tomar uma ducha até chegar em casa mesmo.
Avaliação Geral
Bem, mencionados os pontos positivos e negativos, minha avaliação é a de que esse tipo de evento é muito interessante, eu gosto muito de participar. Toda a organização é sempre muito convidativa, a gente se sente muito bem recepcionado e animado a pedalar.
Além disso, é sempre uma oportunidade única de conhecer paisagens incríveis, que normalmente não iríamos acessar. Também é muito bacana conhecer outros ciclistas, trocar experiências, aprender coisas novas. Eu recomendo bastante que quem nunca participou se aventure uma hora dessas. Para quem é mais inexperiente, sempre tem a opção do trajeto mais curto e com dificuldade menor, caso tenha receio de não conseguir completar.
A próxima etapa já tem data e local: 17 de março de 2019 em Itaipulândia. Fique de olho no site!
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Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos – mas também já fui bem mais longe.