Henrique Avancini

“Fator Avancini” faz interesse dos brasileiros em ciclismo expandir e aquece o mercado

Em todas as edições do maior evento multiesportivo do mundo há uma expectativa de em qual modalidade o Brasil pode surpreender. E tem resultados que são comemorados como títulos, mesmo sem uma medalha no peito e hino nacional cantado no alto do pódio. Foi essa a sensação que a 13ª colocação do ciclista Henrique Avancini na prova de mountain bike XCO, na segunda-feira (26), gerou aos brasileiros e praticantes do esporte: um sentimento de triunfo e orgulho. E isso tem explicação. 

O resultado do atleta no Japão, que chegou a liderar o início da prova, não foi um jogo de sorte. Foi uma construção árdua e cheia de altos e baixos na última década. Do fundo do pelotão ao primeiro lugar do ranking em 2020, Avancini conquistou não apenas pódios e medalhas nos principais campeonatos de ciclismo do mundo, mas também ajudou a alavancar o esporte no Brasil e fortalecer uma cena que só cresce e que ganhou ainda mais adeptos do ano passado para cá. E nessa jornada, ele revolucionou o esporte por aqui. Em cinco pedaladas, confira as principais delas. 

Henrique Avancini performs at UCI XCO in Nove Mesto na Morave, Czech Republic on October 4, 2020 // Bartek Wolinski/Red Bull Content Pool

1 – Crescimento nas vendas de bicicletas de Mountain Bike

Em 2020, o Brasil registrou aumento de 50% nas vendas de bikes em comparação ao ano anterior, segundo a Aliança Bike. E quem puxou – e muito – esse número foi a categoria de mountain bike (MTB). De acordo com a Semexe, principal marketplace de ciclismo no País, no primeiro semestre de 2021, houve aumento de 255% da venda de bikes de MTB em relação ao mesmo período do ano anterior. Os preços do equipamento, aliás, podem variar de R$500,00 até mais de R$100 mil e são bastante versáteis para momentos de lazer e mobilidade. 

2 – Investimentos de grandes marcas

Em 24 de maio, o Santander fez um grande anúncio de incentivo ao ciclismo e soluções financeiras aos praticantes. O garoto-propaganda: Henrique Avancini. Com vários patrocinadores, como Red Bull, Cannondale, Land Rover e Oakley, o atleta consegue extrapolar barreiras do esporte e conversar com vários públicos diferentes, bastante alinhados aos pilares do esporte. Vale destacar que com esses investimentos, o atleta movimenta uma equipe com profissionais de diversas áreas, criou a equipe ‘Caloi/ Henrique Avancini Team’ para fomentar o desenvolvimento de jovens potenciais e foi um dos grandes incentivadores para trazer uma etapa da Copa do Mundo de MTB XCO ao Brasil, em 2022. 

Henrique Avancini performs at UCI XCO in Nove Mesto na Morave, Czech Republic on October 1st, 2020 // Bartek Wolinski/Red Bull Content Pool

3- Fidelização do público

Gratuita, em português e qualquer lugar do mundo. Atualmente, é possível acompanhar provas de mountain bike apenas com um smartphone e acesso à internet. Em 2018, a Copa do Mundo de MTB XCO teve a primeira transmissão em português pela Red Bull TV. De lá para cá, o idioma ganhou lugar cativo sob o comando de Luciano ‘Kdra’ Lancelotti, referência na modalidade. E esse período marca a primeira vitória do brasileiro, assim como os pódios iniciais da sua carreira em grandes competições. Isso gerou mais procura do público e, onde há demanda, amplia-se a oferta. O Bandsports também fomenta competições nacionais, como MTB Festival. Aliás, segundo a UCI, mais de 100 milhões de pessoas veem as provas da Copa do Mundo ao redor do planeta. 

4- Amadurecimento do mercado de compra e venda de bikes

Por ser um segmento bastante técnico, iniciativas que consigam entender e atender as necessidades de ciclistas, desde iniciantes até os profissionais, têm ganhado espaço no Brasil. Por exemplo, a startup ‘Semexe’, especializada na venda de bikes usadas e novas pela internet, além de acessórios, teve o melhor desempenho da sua história no último ano. Além disso, ainda criou um Guia de Preço(GPS), a “Tabela Fipe” das bicicletas. 

5- Mobilização em prol de projetos sociais

Bastante atento às questões sociais, Avancini apoia projetos de alto impacto benevolente por meio de leilões, cuja arrecadação é 100% destinada às instituições escolhidas. Em três edições, ele já reverteu mais de R$100 mil por meio de itens personalizados oferecidos na Semexe. Aliás, a sapatilha da primeira vitória dele em Copas do Mundo foi leiloada. Além desse projeto proprietário, ele também participa de ações de outros ícones do esporte, como o criado pelo ex-campeão da NBA Leandro Barbosa. 

Conheça mais sobre a Semexe: Sob os conceitos de consumo inteligente e economia colaborativa, a Semexe facilita a compra e venda de produtos de ciclismo online. A empresa é um marketplace e garante a segurança na negociação entre seus clientes, por meio do Programa BSS (Bike Segura Semexe), uma metodologia pensada para gerenciar a jornada de compra e garantir qualidade e procedência dos produtos.

Além disso, a plataforma conta com consultores especializados para sanar todas as dúvidas e dar dicas aos clientes, e gera experiências únicas aos usuários, por meio de serviços personalizados e conteúdos gratuitos disponíveis em seu blog.

Fernando Correia

Apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, mas com uma bicicleta no pé e sem muita ideia na cabeça

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