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Voando (de avião) com a bike

Um tempo atrás, falamos sobre como é possível levar a bike quando for viajar de avião, mas ainda não tínhamos testado o serviço das empresas aéreas – até que surgiu a oportunidade.

O destino era a cidade de São Paulo, partindo de Foz do Iguaçu

Antes de qualquer coisa, consultei o site e liguei para a LATAM. E, perguntando sobre os arranjos para a viagem, o que disseram foi o que já sabíamos: custo de R$175 e bike devidamente embalada. Aceitavam até que fosse em uma caixa de papelão da própria bike. Mas acabei comprando um mala-bike, tanto pelo tamanho quanto pela praticidade de carregar.

O atendente com quem conversei por telefone me orientou que eu deveria comprar uma franquia de bagagem pelo site e depois, caso necessário, pagar o restante no balcão do aeroporto. Comprei, então, a bagagem, por R$ 90 – como se estivesse despachando uma mala mesmo.

Encaixar a bike no banco de trás do Uber foi um pouco chato, pois, além de estar chovendo, o carro era mais estreito que o meu. Mas o motorista foi muito atencioso e me ajudou demais.

O segundo perrengue foi carregar a bike no carrinho do aeroporto, pois, ela sendo comprida demais, acabava atrapalhando os outros transeuntes. Também não cabia nos corredores e na rampa de acesso ao lado das escadas… O jeito foi contrariar as recomendações do fabricante e colocar a bike de lado.

E, claro, tivemos um terceiro perrengue: a fiscalização da Receita Federal. Mas acabou sendo muito melhor que eu imaginei, pois, se o fiscal quisesse ver o chassi da bike eu teria que desembalar. Felizmente ele se contentou em ver somente a marca e o modelo e conferir a nota fiscal (lembrem-se de sempre ter a nota consigo, pode até ser digital, no celular, mas tenham).

Segui para o despacho de bagagem. A bike não passou de 15 kg com a mala e outras coisas que joguei dentro dela (capacete, tênis, ferramentas, embalagem de proteção, garrafa de água, mochila…). Mas, por ser considerado um “item especial” por seu tamanho, tive de pagar mais R$ 85, mas pude também despachar minha mala normal e viajar com as mãos livres.

O resto do caminho seguiu normalmente, não caímos em uma ilha, não fomos abduzidos e pousamos em São Paulo.

A bike chegou na esteira de bagagens normal junto com minha mala, não foi necessário retirar em outro local. Os carregadores tomaram bastante cuidado, não notei danos à bike ou mesmo nas malas.

Em resumo, a experiência foi bem positiva e usarei novamente quando necessário. Mas, fica a dica primordial: informe-se com a sua empresa aérea para ter certeza de que nada mudou e que você pode levar a bike com você.

O banco de trás ficou meio apertado de São Paulo a Botucatu

Fernando Correia

Apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no bolso, mas com uma bicicleta no pé e sem muita ideia na cabeça

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