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Especial Ciclovias – O que vem agora?

Em fevereiro deste ano, o Bicicletismo iniciou a sua série de reportagens especiais sobre as ciclovias de Foz do Iguaçu. O intuito era não só mapear mas, também, avaliar as condições e a usabilidade das ciclovias e ciclofaixas existentes.

De lá para cá, percorremos as ciclovias da BR 277, Avenida das Cataratas, Jardim Morenitas, General Meira, Jorge Schimmelpfeng, Felipe Wandscheer, Ambrósio Losi, Rosa Cirilo de Castro, e, por fim, José Maria de Brito.

Desde então, o assunto começou a pipocar nas redes sociais e a pautar a imprensa iguaçuense. Nós ficamos extremamente satisfeitos pelo assunto ganhar evidência, mas o trabalho não para por aí.

Cobrando a Prefeitura

Na semana passada, após terminar a avaliação das ciclovias, fomos até a Prefeitura de Foz do Iguaçu questionar quais providências serão tomadas a respeito.

Fomos atendidos pelo chefe de Gabinete da Prefeitura, Kalito Stoeckl, que concedeu uma entrevista exclusiva ao Bicicletismo e nos pôs a par das perspectivas em termos de infraestrutura cicloviária.

Conversa com o chefe de Gabinete da Prefeitura de Foz, Kalito Stoeckl

Como resultado da conversa, temos umas notícia boa e uma ruim. Qual vocês querem primeiro?

Má notícia

Bom, vamos começar pela notícia ruim: questionamos o chefe de Gabinete sobre as ciclovias já existentes, que tratamos na série de reportagens, se há alguma perspectiva de reformas ou manutenção nos trechos mostrados.

Ele nos informou que, até o momento, não há projeto em andamento com vistas a recuperar essas ciclovias. Parte do problema é que algumas ciclovias ainda estão embargadas na Justiça por conta de irregularidades apuradas na gestão anterior. Portanto, não se pode mexer nelas por enquanto.

Insistimos que, em alguns pontos, é preciso pelo menos sinalizar os trechos que não estão seguros, e vamos agora aguardar e verificar se haverá providências.

Boa notícia

Por outro lado, fomos informados de que há licitações em andamento para a construção de novas ciclovias na cidade, no intuito principalmente de interligar alguns trechos já existentes. A falta de conexão entre as ciclovias – além dos problemas estruturais já reportados – é um dos principais problemas encontrados hoje em Foz do Iguaçu, dificultando muito a vida de quem precisa se locomover a longas distâncias e cruzar de um bairro para o outro.

A primeira medida foi a elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Foz, que prevê, entre outras soluções, a melhoria e a implementação de ciclovias.

Porém, o plano não será executado todo de uma vez só – até porque a Prefeitura não dispõe de recursos orçamentários para esta implementação integral no momento -, mas, certas etapas já estão previstas ou em andamento:

Imagem extraída do Plano de Mobilidade de Foz: projeto de implantação da malha cicloviária de Foz do Iguaçu

Novas ciclovias

Uma das ciclovias já confirmadas pela Prefeitura é a da Avenida Tarquínio Joslin dos Santos – que passa em frente à UNILA e Unioeste -, que interligará a ciclovia já em construção na Avenida Tancredo Neves (obra realizada pela Itaipu Binacional) à da Rua Ambrósio Losi. Naquele local, também foram instaladas câmeras de segurança, e serão investidas melhorias em iluminação pública. Serão 2,3 km construídos, fazendo essa conexão.

Também está prevista a construção de ciclovia na Avenida Andradina, no trecho entre a Avenida Tarquínio Joslin dos Santos até a Avenida Araucária, com mais 3,8 km. Ali, a ciclovia encontrará o Parque que está em construção pela Itaipu Binacional – e cujas obras já iniciaram.

Por fim, nesta etapa, está prevista a execução de uma ciclofaixa na Avenida Sílvio Américo Sasdelli, que já começou a ser demarcada. Será ao lado do canteiro central, nas duas direções. Serão 2,5 km, em toda a extensão da avenida.

A área da Sasdelli já está demarcada, falta o resto

Com estas ciclovias, a região Norte estará interligada desde a Itaipu até a BR 277. Para o ano que vem, a Prefeitura pretende lançar novas licitações, com mais 22 km de ciclovias, que detalharemos futuramente, quando houver as licitações e a previsão de datas.

Repercussão

A imprensa local está atenta ao tema, como mostra a reportagem feita hoje pela RPC TV (clique aqui para assistir).

O programa Naipi Comunidade também tratou do tema, mas ainda não disponibilizaram o vídeo online.

As ciclovias mostradas são algumas das retratadas pela série do Bicicletismo, com destaque para aquelas em piores condições. Ao que tudo indica, a pauta será retomada pela TV – que nos deixa imensamente satisfeitos pelo assunto estar recebendo este destaque.

Nós também continuaremos atentos, avaliando a evolução dessas obras da Prefeitura e da Itaipu, aqui no Bicicletismo. Acompanhe.

O que achou da série de reportagens? Deixe seu comentário.

Mayara Godoy

Minha primeira bicicleta foi uma Caloi Ceci vermelha com cestinha, quando eu tinha 4 anos. A diferença é que sem as rodinhas eu já levei vários tombos - mas também já fui bem mais longe.

4 thoughts on “Especial Ciclovias – O que vem agora?

  • Mango

    Infelizmente Foz, que se apregoa ser uma cidade “turística” deixa muito a desejar. Não há ciclovia no trecho do Shopping Catuaí até o Parque Nacional do Iguaçu. Estou muito decepcionado. Só vale mesmo pelos hotéis com piscina. Infelizmente é a realidade.
    – E aí vereadores? Como é que fica?

    Resposta
    • Fernando Correia

      É realmente complicado demais, mas felizmente temos o plano cicloviário em desenvolvimento, com apoio da Itaipu e demais órgãos vemos um futuro interessante, só precisa sair do papel, não é mesmo?

      Resposta
    • Realmente, ainda temos muito a evoluir. Mas estamos aí, tentando movimentar as pessoas, cobrando as autoridades, e incentivando as pessoas a pedalarem cada vez mais para mostrar a necessidade da infraestrutura.

      Resposta
  • Pingback: Ciclofaixa na Vila A: direito ou aventura ao pedalar? – H2Foz

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